Portugal numa federação com sete regiões

Jardim quer transformar Portugal numa federação com sete regiões
Alberto João Jardim assume-se "um federalista". Mas admite que para tal seria necessária uma revisão constitucional.

O presidente do Governo da Madeira defende a instituição de um modelo federalista de regionalização em Portugal com a criação de sete regiões autónomas.

"Eu sou um federalista"
, frisou Alberto João Jardim durante um debate sobre a regionalização no qual defendeu a criação de sete regiões autónomas.
Jardim disse, contudo, não acreditar que a regionalização possa avançar sem uma revisão constitucional.

"Com os partidos que temos, não vamos a parte nenhuma, a começar pelo meu",
 atirou o governante que, lembrando o 'Podemos' espanhol, considerou que "vai ter que suceder alguma coisa em Portugal", como "aparecer qualquer coisa fora do espetro radical de esquerda ou da direita".

Admitindo estar "descontente" com o próprio partido, mas já ser "tarde para mudar", o social-democrata disse que o país não pode "ficar sempre à espera dos cinco partidos" e deve "devolver a iniciativa aos cidadãos".

No final do debate, que contou com a participação de Luís Braga da Cruz e Maria de Belém Roseira, João Jardim explicou que essa chamada dos cidadãos à participação passa por "devolver o poder ao país".

"E poder ao país devolve-se dividindo o país em sete regiões autónomas, todas com poder legislativo, fazendo bem a distinção entre quais são os poderes do estado e o poder das regiões (...) e com uma definição muito clara da repartição dos recursos", salientou.

Para Alberto João Jardim, a regionalização mostra-se "absolutamente necessária" e "legítima, quando assente no respeito à dupla identidade" (local e nacional).
Já Maria de Belém disse ser "uma descentralizadora da decisão administrativa", não indo "tão longe" como Alberto João Jardim com a sua ideia de federalismo.

A presidente cessante do PS considerou que o papel de recolocar o tema da regionalização no debate político não deve caber apenas aos partidos, mas aos próprios cidadãos.


@DN

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